Textos: Dt. 5.6-7; 6.1-6 |
O primeiro mandamento coloca Deus em
evidência, somente Ele não outro deus deve ser adorado, e reconhecido
como tal. No estudo desta semana mostraremos que existe apenas um Deus, o
Único Criador do céu e da terra. Em seguida, destacaremos a
exclusividade do Deus de Israel que não pode ser confundido com outros
deuses. Finalmente, alertaremos a respeito dos perigos da idolatria,
ressaltando o risco de se voltar para deuses construídos pelos homens.
•1. UM DEUS ENTRE OUTROS DEUSES
O povo de Israel estava acostumado a
viver entre outros deuses, sua estada no Egito favoreceu o contato com o
pluralismo religioso. Mesmo com a revelação divina, que alertava a
respeito dos riscos da idolatria, o povo continuou se voltando para
deuses estranhos (Ez. 20.7,8). Ainda que o Senhor tenha libertado os
israelitas do Egito, eles continuaram se prostrando diante dos ídolos,
demandando um julgamento da parte de Deus (I Rs. 9.4-7). A mensagem das
Dez Palavras que se encontra em EX. 20.3 é repetida em Dt. 6.4,5. A
declaração de fé do povo de Deus deveria ser: “Ouve, Israel, o Senhor,
nosso Deus, é o único Senhor. Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu
coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu poder”. A relação de
Israel com Deus não estava baseada na imposição, mas no amor que
reconhecia o livramento do Senhor da servidão. Ainda hoje o
reconhecimento é a base do relacionamento com Aquele que se denomina de
“Eu”. Por isso ninguém deve se relacionar com Deus com base no medo, na
obrigatoriedade, pois se assim acontecer, o resultando será mero
legalismo. Além disso, o princípio monoteísta é ressaltado ao longo das
Escrituras. O Deus de Israel, que por sua vez é também dos cristãos, não
dá a Sua glória a outro (Is. 42.8). Em um momento marcado pela
idolatria em Israel, o Senhor assim revelou através do profeta Oséias
“Não reconhecerás outros deus além de mim, porque não há salvador, senão
eu” (Os. 13.4). O relativismo pós-moderno tem apregoado o pluralismo
religioso, e defendido que todas as divindades devem ser igualmente
adoradas.
•2. A EXLUSIVIDADE DO DEUS DE ISRAEL
O Deus das Escrituras é Único, é
Singular, não pode ser considerado apenas um entre outros deuses (Is.
45.21). Essa mensagem é enfatizada por Paulo, ao argumentar que “não há
outro Deus, senão um só” (I Co. 8.4). Como se costuma afirmar, é
possível que todos os caminhos levem a Roma, mas há apenas um Mediador
entre Deus e os homens, Jesus (Jo. 14.6; II Tm. 2.5) e somente no nome
dEle há salvação (At. 4.12). Devemos respeitar as pessoas, nos compete
pregar o evangelho. Ninguém deve ser menosprezado por causa da fé que
expressa. Se nós, cristãos, quisermos respeito, precisamos respeitar os
outros. No entanto, temos a responsabilidade de testemunhar com amor a
exclusividade da salvação em Cristo. A mensagem do evangelho, ao
contrário do que defendem os adeptos da pós-modernidade, não é
excludente, mas includente. A palavra de Deus é includente, pois a
agrega à igreja todas as pessoas que creem, salvando-as da condenação
(Jo. 3.16). As pessoas religiosas, ainda que bem intencionadas, estão
debaixo da ignorância (At. 17.30). Elas não estão servindo a Deus, mas a
ou outros deuses, até mesmo ao próprio ego, entenebrecidos por Satanás
(Gl. 4.8; II Co. 11.13-15). Como orientou Moisés ao povo de Israel, as
pessoas devem ser instadas a deitar fora os deuses aos quais serviram
seus pais, e fazerem uma opção pelo Único Deus Vivo e Verdadeiro (Js.
24.14,15; I Ts. 1.9). A posição da igreja é profética, por isso, tal
como fez Elias, deve declarar que somente o Senhor é Deus (I Rs. 18.21).
Nenhum ídolo pode ocupar o coração do homem, APENAS Deus é digno de
honra e glória, e deve ser adorado em espírito e em verdade (Jo. 4.24).
•3. O PERIGO DA IDOLATRIA
A idolatria é perigosa porque nem
sempre nos apercebemos da sua atuação, às vezes ela chega
sorrateiramente. Frequentemente acusamos as pessoas de adorarem outros
deuses, mas não observamos que podemos fazer o mesmo. Jesus chamou a
atenção em relação ao dinheiro, que pode se tornar um deus (Mt. 6.24).
Quando afirmamos que somente o Senhor é Deus, e que não deve existir
outro, precisamos também indagar se não estamos construindo nossas
divindades. Há pessoas que imagem ser um deus, na ambição dos nossos
primeiros pais, que quiseram ser iguais a Deus (Gn. 3.5). O contexto
cristão está sendo solapado pela idolatria, estamos nos acostumando a
aceitar pessoas com status de divindade nas igrejas. Alguns cristãos ao
invés de adorarem a Deus, estão adorando pastores, padres, cantores e
pregadores. As chamadas celebridades estão fazendo fortuna em nome da
fama que construíram. Salomão pagou um alto preço por causa da sua
idolatria. As Escrituras dizem que ele andou em seguimento de Astarote,
deusa dos sidônios, e de Milcom, a abominação dos amonitas (I Rs. 11.5).
Por causa da sua idolatria, o monarca de Israel perdeu o seu reino, a
causa foi justamente a desobediência ao primeiro mandamento (I Rs.
11.9-11). A ânsia para se manter no poder a qualquer custo fez com que
Salomão fizesse concessões em relação a seus princípios. A fama
tornou-se um fim em si mesmo, e os conchavos políticos resultaram em
casamentos mistos, com mulheres que perverteram o coração do rei (I Rs.
11.1-3). A idolatria, às vezes, acontece sorrateiramente, sem que
atentemos para sua realidade. Por isso não devemos tolerar o pecado em
nós, muito menos que nada se coloque no lugar que pertence
exclusivamente a Deus.
•CONCLUSÃO
O povo de Israel conviveu com muitos
deuses, mas precisou ser lembrado que somente Yahweh era o Único Senhor.
De igual modo, devemos ter cuidado com o perigo da idolatria que roda a
igreja contemporânea. Ainda no primeiro século da era cristã, João
advertiu, para que os cristãos se guardassem dos ídolos (I Jo. 5.21).
Ninguém pode tomar o lugar de Deus em nossas vidas, somente Ele é digno
do nosso amor, respeito e consideração. Adorá-lo é o motivo para o qual
fomos criados, e não podemos fazer de qualquer modo, somente por meio de
Cristo, em espírito e verdade (Jo. 4.24). PENSE NISSO!
Deus é Fiel e Justo!
Extraído do AL NOTÍCIAS